quarta-feira, janeiro 31, 2007

Em silencio...


Os últimos dias têm sido miseráveis...desde ter tido uma avalanche de trabalho a nos últimos ter passado pela Maldição dos 3 dias!!! Resumidamente, ficar sem cartão Multibanco, partir os óculos, o carro recusar a andar, queimar a resistência da máquina de café... Viver sem cafeína é um desporto radical!
Last but not least, convidei uma ex. para um café, com a qual não tenho convivência, mas enfim, achei que uma vez que tudo acabou há quase 10 anos pareceu-me uma distancia segura para voltar a rever a personagem da qual até mantenho alguma admiração.
Foi um erro crasso, ou a maldição dos 3 dias, fiquei a saber que o tempo não cura tudo e no caso ate deturpou alguns acontecimentos, mas uma vez que da época só existem 2 registos o meu e o dela, é difícil dizer se algum é verdadeiro.
Uma relação iniciada na adolescência e com a duração de 6 anos (sim 6 anos) e da qual guardo um enorme sentimento de ternura porque na minha versão o amor foi muitas vez ingénuo, puro e acima de tudo vivido entre 4 paredes e em absoluto silencio.

Eu não sabia o que era uma lésbica nem que não era a única na minha cidade...

Para espanto e desgosto meu a versão do meu par não é coincidente... pelo contrario é descrita como sendo o pior dos amores onde a ternura não existia, tem a versão de uma relação viciada em mecanismos masoquistas, dramas e impeditiva de travar e iniciar outras aventuras.
Eu não parava de sorrir idiotamente a cada frase, pensando em silencio se teríamos efectivamente vivido a mesma relação.
Para mim todas, salvas as excepções, as adolescências são dramáticas, difíceis e marcantes, de uma forma ou de outra, a minha também foi, agravada por ter iniciado a minha vida sexual com uma mulher!
Mas não foi um inferno, já passei mais perto noutras ocasiões.
Fiquei incrivelmente magoada por algo que guardo com a ternura (que o 1º amor merece) ser assim esquartejado sem piedade numa mesa de café!!!
Como é possível alguém não se lembrar das tardes cheias de poesia enamorada recitada junto ao ouvido, como esquecer as cartas perfumadas diariamente enviadas?!
E tantas outras coisas...jogadas assim para um baú onde só ficou á vistam as partes feias, que também as houve...
Como posso viver em paz comigo sabendo que durante anos me julguei feliz e não era?! Ou será que era?
Será que de facto nunca foi um amor feliz?

Nessa tarde vi cair aos pés o meu passado embrulhado na neve.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Mudei...



Noutros tempos eu escrevia a lápis, sentava a um canto e as ideias surgiam como cabelos. Tempo de abundância, e sofrimento talvez fosse exactamente este binómio que me empurrava o lápis. Não tenho como saber.
Nessa altura eu leva-me realmente a sério, um grande mundo de potencial desenvolvimento estava aos meus pés, eu poderia ser o que quisesse.
Mas eu não quis ser nada, só feliz. Não quis ser doutora nem engenheira como era esperado, fui ser artista (não de circo), e foi ai que perdi o respeito dos meus pares, como poderia eu ter aberto mão de um futuro brilhante para ganhar uma pipa de massa para ter um futuro incerto?
Não sei, não foi coragem foi uma covardia ter mantido as aparências perante todos era mentira fiz o que me apeteceu na altura, não lamento foi a altura mas profícua da minha vida, conheci gente incrível, vi realidades muito diferentes.
Antes de tudo isto, eu não gostava de mim, mas achava o supra sumo da barbatana.
Tudo mudou porque eu decidi mudar-me, escolhi gostar mais de mim tornar-me mais ligada nas coisas ser melhor ser humano.
As pessoas conseguem mudar se quiserem, podem melhorar-se.
Durante este processo houveram alguns laços que se quebraram, alguns lamento outros nem tanto…
Nalgum momento o impulso da escrita perdeu-se, tenho a barra da espera a piscar no ecran como um movimento autista, uniformemente acelerado.
O terrível sentimento de já não ter palavras para dizer, não conhecer acontecimento algum que valha a pena registrar.

MUDE


Mas comece devagar,
porque a direção é mais importante
que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira,
no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair,
procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho,
ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção
os lugares por onde
você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira
para passear livremente na praia,
ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas
e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama.
Depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de tv,
compre outros jornais,
leia outros livros,
Viva outros romances!
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia
numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos,
escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores,
novas delícias.
Tente o novo todo dia.
o novo lado,
o novo método,
o novo sabor,
o novo jeito,
o novo prazer,
o novo amor.
a nova vida.
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Almoce em outros locais,
vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida
compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo,
jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado,
outra marca de sabonete,
outro creme dental.
Tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito,
cada vez mais,
de modos diferentes.
Troque de bolsa,
de carteira,
de malas.
Troque de carro.
Compre novos óculos,
ecscreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente
esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas,
outros cabeleireiros,
outros teatros,
visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só.
Arrume um outro emprego,
uma nova ocupação,
um trabalho mais light,
mais prazeroso,
mais digno,
mais humano.

Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.

Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa, se possível sem destino.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores,
mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento,
o dinamismo,
a energia.
Só o que está morto não muda!

Edson Marques.

terça-feira, janeiro 16, 2007

Money Money


"Nunca ter férias é não precisar de intrevalos necessários a outros generos de vida menos escolhidos!" - Não lembro do tonto que disse isto mas é um tonto quero férias já!

"A adesão dos portugueses ao multibanco, á Via Verde, aos telemóveis e á Net tem o seu quê de paradoxal, sobretudo se pensarmos nos níveis de escolariedade e iliterância cientifico-tecnologia que nos habituamos a tomar como inquestionáveis" A acreditar nas promessas deste governo daqui a 20 anos andamos todos a ler revistas cientificas e tecnologicas e vamos assistir á falencia da industria dos magazines cor de rosa, claro está que entre sabermos as ultimas novidades da biotecnologia e o escandalo das festas de verão da Nini Cácá a nossa escolha vai ser obvia!

"Mais vale novo-rico que nunca rico!" dito por novo-rico anónimo, até aqui acho que estamos todos de acordo!

Novos ricos, velhos ricos ou simplesmente ricos, ter dinheiro é por norma melhor que não ter!! Esta sim é uma verdade realmente inquestionável!

CALIMERO Part I


Amanhã fazes anos, e eu lembro-me de todas as coisas que nunca te disse…
De como lamento o silêncio instalado, logo entre nós a quem nunca as palavras escassearam…tardes inteiram de poesia dita das nossas bocas até versos improvisados.
Nunca te disse como tenho saudades tuas, não da tua carne, não do teu amor que isso é chão que já deu uvas…
Contigo vivi o mais puro dos amores, o mais longo ate hoje. O nosso amor foi puro mas também uma verdadeira batalha campal, sempre discutimos ferozmente sobre todos os assuntos, com sempre fomos diferentes!!! Tu achavas preto eu achava branco, nunca ninguém ganhou nenhuma das discussões.
Mas é da tua visão azimutal á minha que realmente sinto a falta, e do sentido de humor!
Mas as circunstâncias levaram-nos para caminhos diferentes, caminhos que não se tocam.
Nunca tiveste a possibilidade de conhecer a pessoa que sou hoje, e quanto eu melhorei! Deixei de ser o bloco de coração gelado, a miúda insegura de si que se blindava na indiferença, nessa altura eu era a preto e branco e tu de todas as cores.
Hoje eu já tenho cor, e tu debotaram as tuas cores para preto e branco para que mantenhas a inflexibilidade de te decidires pelo silêncio?
Amanhã fazes anos e não sei se te ligo…
Eu gostaria, mas que diferença faria?
Tu a foste a primeira em tudo até chamares-me de Wonder.

Jorge Manuel


Lembro um livro que li sobre um burro e identifico-te de imediato. O amor que tenho és o cão mais mimado da historia canina), lembro as lagrimas que ja derramei por ti as alegrias que todos os dias me dás sem pedir nada em troca.

Não o filho que me falta, isso não, porque tens a infancia eterna.
Como Platero tu Jorge és a criança pateta de quem sou a felicidade!

sábado, janeiro 13, 2007

Como se escreve...

Encontrei esta estória quando estava a navegar pela Net, gostei tanto que decidi replicá-la.
o site é: http://elescorpion.blogs.sapo.pt/2006/06/

“Quando João tinha somente cinco anos, a professora do jardim de infância pediu aos alunos que fizessem um desenho de alguma coisa que eles amavam.
João desenhou a sua família.
Depois, traçou um grande círculo com lápis vermelho ao redor das figuras.
Desejando escrever uma palavra acima do círculo, ele saiu de sua mezinha e foi até à mesa da professora e disse:
- Professora, como a gente escreve...?
Ela não o deixou concluir a pergunta.
Mandou-o voltar para o seu lugar e não se atrever mais a interromper a aula.
João dobrou o papel e o guardou no bolso.
Quando retornou para sua casa, naquele dia, ele se lembrou do desenho e o tirou do bolso.
Alisou-o bem sobre a mesa da cozinha, foi até sua mochila, pegou um lápis e olhou para o grande círculo vermelho.
Sua mãe estava preparando o jantar, indo e vindo do fogão para a pia, para a mesa.
Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para ela e disse.
- Mamãe, como a gente escreve...?
- Menino, não dá para ver que estou ocupada agora?
Vá brincar lá fora. E não bata a porta.
Foi a resposta dela.
Ele dobrou o desenho e o guardou no bolso.
Naquela noite, ele tirou outra vez o desenho do bolso.
Olhou para o grande círculo vermelho, foi até à cozinha e pegou o lápis.
Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para seu pai.
Alisou bem as dobras e colocou o desenho no chão da sala, perto da poltrona reclinável do seu pai e disse:
- Papai, como a gente escreve...?
- João, estou lendo o jornal e não quero ser interrompido.
Vá brincar lá fora. E não bata a porta.
O garoto dobrou o desenho e o guardou no bolso.
No dia seguinte, quando sua mãe separava a roupa para lavar, encontrou no bolso da calça do filho enrolados num papel, uma pedrinha, um pedaço de barbante e duas bolinhas de gude.
Todos os tesouros que ele catara enquanto brincava fora de casa.
Ela nem abriu o papel. Atirou tudo no lixo.
Os anos passaram...
Quando João tinha 28 anos, sua filha de cinco anos, Mariana, fez um desenho. Era o desenho de sua família.
O pai riu quando ela apontou uma figura alta, de forma indefinida e ela disse:
- Este aqui é você, papai!
A garota também riu. O pai olhou pra o grande círculo vermelho feito por sua filha, ao redor das figuras e lentamente começou a passar o dedo sobre o círculo.
Annie desceu rapidamente do colo do pai e avisou:
Eu volto logo!
E voltou. Com um lápis na mão.
Acomodou-se outra vez nos joelhos do pai, posicionou a ponta do lápis perto do topo do grande círculo vermelho e perguntou:
- Papai, como a gente escreve amor?
Ele abraçou a filha, tomou a sua mãozinha e a foi conduzindo, devagar, ajudando-a a formar as letras, enquanto dizia:
- Amor, querida, amor se escreve com as letras:
T...E...M...P...O (TEMPO).
Conjugue o verbo amar todo o tempo.
Use o seu tempo para amar.
Crie um tempo extra para amar, o que importa é ter quem ouça e opine, quem participe e vibre, quem conheça e incentive.
Se você não tiver tempo para amar, crie.
Afinal, o ser humano é um poço de criatividade e o tempo...
...bom, o tempo é uma questão de escolha.”

Esta estoria fez-me pensar...

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Não quero isso para mim ADAMS!!!


Porque tem o sexo para ti de ser banal? Vender-se em embalagens de plástico, champôs, sabonetes cremes ou outro artigo qualquer?
Porque não pode ser concebido para ocasiões especiais e amor, carinho ou outra pirosada assim…
Vivemos no tempo da queca descartável, hermeticamente fechada em condições de assepsia total.
Não gosto e não quero isso para mim ADAMS, como chiclets em pequenos pacotes ás cores em numero de 12 e base de prata, tão falsa só para parecer preciosa, depois joga-se fora e não pensamos mais nisso, até nos apetecer ruminar outra.
Sempre o “nós” a vir ao de cima, o nosso pequeno centro gravitacional em que nada acontece só as orbitas se vão movendo, alternando a sua forma elíptica aqui e acolá…Mas no fundo o cerne é imutável, protegido por uma densa nuvem cósmica, nada o atinge… e “nós” continuamos a ser cegos e sós, defendidos caninamente por essa poeira, que “nós” fielmente e prontamente respondemos, quando posta em causa, que é para não sofrermos…

Mas tu és já minha sem o saberes, vives colada em mim, beberás do meu cálice e matarás a tua sede que te deixa inquieta.
Por certeza podes ter que não sou descartável nem sujeita a reciclagem…

terça-feira, janeiro 09, 2007




A 3º edição já tem data marcada! E eu não sei o que vou vestir!
Peço ajuda ás manas, que ja me disseram que tambem vão, mesmo sendo elas muito heteros.
Assim vou dar largas ao meu lado fútil( que não tem muita ocupação, a verdade seja dita)e preocupar-me com a farpela e penteado para fazer um figurão na festa!!

Retrato Ardente





No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.

Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.

Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.

Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha


EUGENIO DE ANDRADE

segunda-feira, janeiro 08, 2007

KISS MY ASS!!!!!

REPÚBLICA CHECA: Cerca de 200 casais homossexuais já se uniram civilmente





"Autoridades governamentais da república Checa divulgaram nessa última terça-feira, dia 2 de janeiro, que cerca de 200 casais homossexuais já usufruíram da lei de união civil que entrou em vigor no país há cerca de seis meses.

Devido ao conservadorismo ainda presente na sociedade, activistas de defesa dos direitos da comunidade GLBT declararam em entrevista a Prague Radio que estão surpresos com o número de casais que já se uniram civilmente no país, já que eles esperavam um interesse menor.

A lei de união civil garante aos casais homossexuais direitos semelhantes aos dos casais héteros, excepto na adopção, pensão de viúvez e herança. "
in PortugalGay. Noticias

Para quando a mudança no meu país?

quarta-feira, janeiro 03, 2007

O preconceito e as mentiras que envolvem a homossexualidade

Quarta-feira, Novembro 08, 2006

Provavelmente, alguma vez você se perguntou o que leva uma menina a gostar de outra menina. Ou já se surpreendeu ao saber que dois garotos da escola estavam namorando. Ou então já questionou, mesmo que vagamente, se você seria homossexual. Então reflita: se este assunto está tão presente em nossas vidas, por que ainda é um tabu? Por que algumas pessoas insistem em distorcer os conceitos da homossexualidade?
Assim como a heterossexualidade, ser gay não é uma doença ou desvio de comportamento, ou até mesmo perversão, como algumas pessoas infelizmente ainda teimam em acreditar. Muito pelo contrário: ser homossexual é o mesmo que ser hetero. Você não recebe uma cartinha na barriga da sua mãe para escolher sua opção sexual. Você simplesmente é e pronto.
Hoje, mesmo com tanta informação, ainda não é fácil para o jovem entender o que é ser gay, identificar e aceitar esta outra forma de desenvolver sua sexualidade. O preconceito ainda é a maior barreira. Para acabar com todo esta pressão psicológica, talvez só haja um caminho: o do respeito. Homossexualidade não é crime, não é doença e não é contagiosa. O preconceito sim, é contagioso e destrói. Antes de ser gay ou lésbica, a pessoa é mãe, pai, tio, amigo, advogado, comerciante, namorada, estudante, ou seja, se ficarmos presos somente à uma característica pessoal (a homossexualidade, por exemplo), perderemos o melhor que cada um tem a oferecer.

Daniela Noyori/Redação Terra

Este texto encontrei navegando entre blogs mas achei interessante o suficiente para ser partilhado...

Tou doente!!!


Depois de ter passado o Natal a ver se me aguentava, na mudança de ano fui abaixo, derrotada por uns germes da gripe sem vergonha que me atiraram literalmente para a cama.
Tou de molho ha uma eternidade, ja conheço de cor a programação da TV Cabo, TOU FARTA POR FAVOR QUERO IR TRABALHAR!!
Meu Deus é o desespero nunca pensei um dia dizer isto!